quinta-feira, 31 de março de 2011

Ah... Como era bom...

Ouço muitas pessoas dizerem: as músicas de antes eram melhores, os filhos eram melhores, os filmes eram melhores, a educação era melhor, dentre outros saudosismos.
 Li um relato de uma pessoa sobre a educação obtida, a forma em que  foi alfabetizada, a forma de punição dos professores aos alunos quando não sabiam e a saudade que sentia de tudo isso.  Li também o desabafo do quanto queria que os professores entrassem em suas salas felizes, alegres e esperançosos com seu trabalho.
Será mesmo que é com tristeza que um professor entra em uma sala de aula?
Será mesmo que é sem esperança que entra em uma sala de aula?
 Ou será que o problema está no sair?
Pois, quando o professor entra na sala de aula, leva suas esperanças junto com o sonho de ver uma sala de aula alfabetizada. Uma sala de aula que abstraia o conteúdo que tanto se empenhou em planejar. Uma sala de aula que em silêncio e com atenção busca por mais aprendizado. Leva consigo, a esperança de sair e buscar mais e mais para seus alunos. Leva consigo, a esperança de jamais ser um professor “bancário”, mas um professor que aprende enquanto ensina. Leva consigo a esperança de ver alunos com pais que valorizam a educação, que valoriza seu trabalho, que ensina seus filhos a respeitá-lo. Leva consigo a esperança de não colocar sua saúde em risco.
Porém, quando sai... Leva consigo, a reflexão...
O que fazer com aquele aluno com necessidade especial? Onde buscar ajuda? Ele é inclusão. Não posso me esquecer que antes estes alunos nem mesmo poderiam frequentar uma escola. Sou responsável por ele.
O que fazer com aquele aluno que está com o pai drogado em casa e com sua mãe presa? O que fazer para minimizar sua revolta. Ele gritou comigo, me bateu, mas não posso tratá-lo da mesma forma.
O que fazer com aqueles alunos tão dispersos. Aqueles... Que não querem fazer nada, apenas atrapalhar a aula. Chamei seus pais para receber um apoio. Mas... Não apareceram. Estavam trabalhando...
O que fazer com aqueles alunos com dificuldade de aprendizagem? Estes, antes eram reprovados por vezes, até desistir e convencer-se que faltava-lhe a  capacidade para estudar. Não posso agir dessa maneira. Acredito em seu potencial. Tenho que preparar atividades diferenciadas para eles.
 A minha aula de amanhã terá que ter uma atividade diferenciada para aquele aluno com necessidade especial. Outra diferenciada para aqueles com dificuldades de aprendizagem e outras, e outras... Tenho que pensar em uma forma especial de tratar aqueles alunos que os pais não apareceram. Aqueles que me dão trabalho. Aqueles em que não posso bater com a régua como faziam antigamente minhas professoras. Até porque, isso é totalmente contra meus princípios. Mas tenho que pensar em um jeito de cativar estes alunos...
Será mesmo que é sem esperança que entra um professor na sala de aula? Ou será que sua esperança está emaranhada com preocupações que tem que enfrentar na sociedade de hoje?
Sentar em uma cadeira, estudar teorias, apontar o dedo... É muito fácil.
 O duro é enfrentar a nova realidade em que vivemos.
O duro é ver que a educação está cada vez mais abandonada nas mãos de pessoas tão longe da realidade.
O duro é ver político semi-analfabeto ser o mais votado e ser aplaudido por isso. 
O duro é ler matérias e matérias de uma revista conceituada, falando do mau professor como o grande responsável pelo fracasso dos alunos.
O duro é ler que o MEC quer o fim da repetência e que os especialistas concordam, pois desta forma é feito nos países desenvolvidos e  não há nenhuma função pedagógica neste ato. 
Ah... Como seria bom...

Vânia Ramiro Cestari

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Ter fé



Li uma postagem esses dias no blog de Ana Paula Valadão explicando sobre o elevador de shabbat. Nesta postagem dizia que o povo hebreu em todo o mundo celebra o dia de shabbat todas as semanas, do pôr do sol na 6ª feira ao pôr do sol do dia seguinte. E observando a Lei, o propósito deste dia é de não fazer qualquer trabalho e santificá-lo, como diz o 4º dos 10 mandamentos.
Em Israel e em outros lugares onde há uma grande concentração de judeus, em edifícios com elevadores, durante o dia do Shabbat, os elevadores mudam sua programação e se tornam “elevadores de shabbat”. Este elevador entra numa programação especial onde os botões de controle de dentro e os botões de fora não funcionam e o elevador entra no programa automático.
As pessoas que entram neste elevador têm a intenção de chegar a um determinado andar. Como o elevador está em uma programação automática ele tem que confiar que em algum momento estarão no andar em que realmente querem estar.
Refletindo sobre isso passei a pensar na questão de ter fé. Ter fé é exatamente isso. Quando entregamos nossa vida a Deus entramos no elevador de Shabbat. Pois fazemos escolhas, listamos metas, porém só Deus sabe o momento em que conquistaremos nosso objetivo.
Dentro deste elevador existem espelhos para que as pessoas possam se arrumar e estar pronto para o momento de descer deste elevador. Isto é ter fé. Fé é ter certeza de que em algum momento você estará ao lugar desejado.
Glória a Deus por isso.
Imagine uma mulher em frente ao espelho. Distraímos-nos.
Conheço pessoas que se entrasse em um elevador com tantos espelhos esqueceria até que andar havia pensado em parar. E talvez descesse em outro andar, contemplaria outras coisas, mudaria até de opinião e voltaria pra casa esquecendo-se do andar que pensou em parar no momento que entrou naquele elevador. E quando parasse para refletir, lembraria que o andar que pensou em parar não era o que parou, porém percebeu que neste andar existem coisas mais importantes para se fazer antes de ir ao andar desejado.
Outras ficariam irritadas de ter que parar em outros andares, porém, quem sabe algo mexeria com ela e fizesse-a contemplar coisas diferentes. E então pudesse chegar ao lugar desejado com uma nova visão. Talvez com a certeza maior do que realmente quer.
Penso que ter fé é isso. Entrar em um elevador, saber aonde quer chegar, mas ter a certeza de que o condutor desta caminhada não é você. È Deus que quer levá-lo ao lugar desejado, porém quer você pronto, preparado.

VÂNIA RAMIRO CESTARI

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Quando parece ser impossível


Às vezes as batalhas parecem ser maiores que você, maiores que suas forças.
Tem dias que parece que enfrentamos alguns gigantes.
Tem dias que estes gigantes parecem maiores que a nossa força.
Em 1ª Crônicas 20 temos a história do rei Josafá que obteve vitória sobre Moabe e Amon.
As pessoas chegavam a ele e dizia que grande multidão vinha contra ele.
A palavra diz que ele teve medo.
Às vezes enfrentamos alguns gigantes fora ou dentro de nós e temos medo. Muitas vezes pessoas ou pensamentos te alertam sobre o tamanho do gigante.
O rei Josafá vendo que não tinha mais o que fazer e que realmente não teria condições de enfrentar aquele povo, se pôs a procurar a Deus. Jejuou, orou, questionou, afirmou que os olhos dele estavam em Deus.
E sabe o que aconteceu?
 O Espírito Santo de Deus disse: "...Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, mas de Deus" 1ª Cônicas 20.15
"Neste encontro, não tereis que pelejar; tomai posição, ficai parados e vede o salvamento que o Senhor vos dará" 1ª Crônicas 20.17.
Sabe o que o rei Josafá fez juntamente com o povos de Judá?
  Prostrou-se e adorou a Deus!
Tem tempo em nossas vidas que Deus quer apenas nossa adoração.
Tem tempo em nossas vidas que Deus quer apenas que tomemos posição.
Tem tempo em nossas vidas que Deus quer apenas que nos prostremos diante Dele e declaremos que só Ele é Deus e pode todas as coisas.
Li estes dias uma reportagem de um médico que contava algumas histórias do começo de sua carreira. Ele confessou-se ateu até um dia em que se viu obrigado a fazer uma cirurgia em uma senhora com um tumor gravíssimo. Quando estava já há algumas horas tentando cessar o sangramento daquele tumor sem obter resultados, o "ateu" orou a Deus o "Pai Nosso" e naquele momento viu o sangramento cessar e então conseguiu concluir a cirurgia com êxito. A partir deste dia, este médico pôde ver a mão de Deus em vários casos que para o ser humano era impossível.
O rei Josafá antes de obter a vitória disse ao povo: “...Crede no Senhor, vosso Deus e estareis seguros; 1ª Cr  20.20
Tomaram posição, marcharam, declararam: “Rendei graças ao Senhor porque a Sua misericórdia dura para sempre” 1ª Cr 20.21
Sabe o que aconteceu?
“Tendo Judá chegado ao alto que olha para o deserto, procurou ver a multidão, e eis que eram corpos mortos, que jaziam em terra, sem nenhum sobrevivente” 1 Cr 20.24
Quando nos colocamos diante de Deus e declaramos que confiamos Nele e que dependemos Dele com fé e com sinceridade de coração, e O adoramos, mesmo antes de vencer, apenas crendo, assim como fez o rei Josafá, as batalhas são vencidas sem termos que lutar com nossas forças, pois "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus" Romanos 8.28 .
Sei que não é fácil crer quando tudo parece contrário.
Uma amiga há algum tempo atrás passou por uma situação de mudança muito difícil na vida dela. Ontem ela me ligou e conversando, relembramos tudo o que ela passou e o quanto pareciam estar longe suas vitórias. Quanto parecia difícil alcançar seus sonhos. O que ela não sabia é que Deus estava preparando a ela uma grande e linda mesa para servir no deserto. Pudemos então ver diante dos nossos olhos as bênçãos de Deus na vida dela.

Lembre-se: DEUS É SOBERANO!
“Não diga a Deus que você tem um problema, diga ao problema que você tem um Deus”.

Fiquem com Deus e tenham um lindo 2011.

Vânia Ramiro